Resenha - 72 horas para morrer


Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você!



"O carro pertence à sua namorada." Com essas palavras, Júlio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, tem a vida transformada em um inferno. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Júlio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista. 72 Horas para Morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que prenderá o leitor do início ao fim.




A primeira coisa que tenho a dizer é: Esse livro mexeu comigo. De todas as maneiras possíveis. Eu me senti indignada, por tudo que aconteceu, me descabelei enquanto lia, ameacei muitos personagens, briguei bastante com outros, me surpreendi. Acho que o que eu mais fiz, lendo 72 horas para morrer, foi me surpreender. Mesmo nos momento em que achava impossível , eu olhava para todos como se fossem suspeitos, imaginava mil e um motivos para tudo estar acontecendo com Júlio, personagem principal, e quanto mais pensava menos chegava a uma conclusão plausível.

72 horas para morrer conta a história de Júlio Fontana um delegado de uma cidade pequena que logo no começo do livro recebe a dura noticia de que sua namorada foi sequestrada. Então sua vida vira de cabeça pra baixo, tentando descobrir quem está por trás do crime ele se vê no meio de uma grande vingança por ele. Tendo que proteger sua filha, Laura, descobrir pistas sobre o Serial Killer e permanecer vivo. 

Eu não li o livro, o devorei. Foi impossível parar, a partir do momento em que você começa a lê-lo não tem como parar. É tudo milimetricamente calculado no livro, o mistério faz com que você perca sua linha de raciocínio, os suspeitos são muitos e tudo que cada pessoas diz no futuro pode ser usado contra ela. Algo que eu achei interessante no livro são as duas narrações. Existe a narração do personagem principal, em primeira pessoa e a narração em terceira pessoa. Para que possamos saber de tudo - ou quase tudo - que acontece nas 72 horas.

Bem, o livro ensina duras lições. Uma delas é que nem sempre as pessoas são o que achamos dela. Todos - ou quase todos - têm um segredo. Algo que nos torna vulnerável, algo que diz o que realmente o que somos. Todos os personagens são humanos demais, seja com seus defeitos ou qualidades. Você consegue gostar e odiá-los com a mesma facilidade. Impossível ler sem sentir nada, tudo que acontece te leva ao momento em que você descobrirá quem é o Serial Killer e porque está fazendo isso com Júlio, o livro gira em torno desse suspense e o que ele pode ter feito de tão grave para ser castigado daquela maneira.

A surpresa vem com o final do livro. Um final surpreendente - diga-se de passagem - que só vai reafirmar a genialidade com que o autor, Ricardo Ragazzo, escreveu toda a história. Garanto que quem ler vai ficar realmente surpreso. Eu recomendo o livro, porque eu o adorei, falei sobre ele durante todo o tempo - acho que até enlouqueci minha mãe um pouco - e se tornou um daqueles livros que assim que acabo de ler sinto vontade de voltar para a primeira página e o ler novamente. Esse vai, com toda certeza, ficar marcado com um dos melhores livros que li esse ano. Só lembrando que esse livro chegou a mim por meio de um book tour realizado pelo blog Momento Literário.

"- Esse mundo tá voltas mesmo. Quem imaginaria ver a situação se invertendo desse jeito ? Agora é você quem vai sofrer na minha mão, seu merda. Não importa o quanto eles o queiram vivo. Daqui deste carro você só sai morto. Isso eu garanto!"








Resenha - 72 horas para morrer Resenha - 72 horas para morrer Reviewed by A escritora sonhadora on 13:34 Rating: 5

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